Uma grande parte dos alunos que nos procura na We Help. You Win. está, nesse momento, a defrontar-se com obstáculos para corresponder de forma adequada aos desafios académicos proporcionados no contexto da licenciatura em Direito. Alguns, simplesmente, não conseguem aproveitamento numa ou em várias disciplinas, sendo que nos casos mais graves acabam por ficar retidos ou atrasar o momento da conclusão da licenciatura. Noutras situações, embora os alunos estejam a conseguir aproveitamento nas diversas unidades curriculares, as classificações são baixas e a média de curso não configura uma proposta de valor suficientemente atrativa para empolgar potenciais empregadores.
Desses alunos, uma esmagadora maioria considera que essas dificuldades são motivadas ou pela ausência de um método de estudo eficaz, ou por dificuldades genéricas na resolução das hipóteses práticas. Porém, após a reunião de diagnóstico, quase sempre detetamos que o problema não está aí, mas a montante. Na verdade, pequenas alterações no plano de estudo do aluno, incrementando a sua intensidade de estudo, desbloqueiam o estrangulamento ao sucesso académico que nos é relatado pelo aluno na primeira reunião.
Ao longo destes quase dez anos de trajetória, em que trabalhámos com milhares de alunos, constatámos que:
O sucesso académico depende da concretização de um plano de estudo assente em quatro passos:
1. Intensidade de Estudo
Em primeiro lugar, a intensidade de estudo, ou seja, a definição do número de horas de estudo que é necessária para atingir os objetivos propostos em cada disciplina. A maior parte dos alunos estuda menos do que é necessário e, quase sempre, não tem mecanismos de autoavaliação instituídos, pelo que acha que estuda mais horas do que efetivamente estuda. A concretização deste primeiro passo (intensidade de estudo correta – nem mais, nem menos – e avaliação semanal do desempenho) é crucial para o sucesso académico.
2. Eficiência do Estudo
Depois, a eficiência do estudo. Qual é a melhor forma de estudar? Através de microciclos de estudo, por exemplo, 30-10-30, ou, diferentemente, com ciclos médios, exemplificativamente 60-30-60? Depende muito do perfil do aluno e da sua disponibilidade real para estudar. Não é igual montar um plano de estudo para um “estudante profissional” ou para um trabalhador-estudante.
Muitas vezes o aluno tem a perceção errada de que “rende mais” a estudar, por exemplo, em microciclos, mas comprovamos após um pequeno período em que propomos que mude esse hábito que é mais eficiente para aquele aluno um plano baseado em ciclos longos. E em que momento do dia se deve estudar? Tudo isso é definido no plano de estudo semanal que fazemos para o aluno.
3. Método do Estudo
É muito raro que o aluno tenha, efetivamente, um problema de método de estudo. Em Direito, não há grandes segredos a este respeito: leitura de bibliografia adequada (outro problema: muitos alunos estudam o que o colega também está a ler ou apenas o que professor recomenda ao invés de procurarem bibliografia alternativa e mais adequada às suas características) e resolução de casos práticos.
Momentos de preparação das aulas e consolidação da matéria intercalados com momentos de leituras mais teóricas. Numa ou noutra disciplina, pode funcionar fazer pequenos resumos, mas esse método, embora interessante, é quase impossível de aplicar como regra pela sua morosidade.
4. Aplicação Prática
Finalmente, o quarto passo é a aplicação prática do conhecimento teórico. O problema é que como o aluno está a estudar pouco, ineficientemente e, por vezes, com má metodologia, acaba por resolver erradamente os casos práticos, isto é, quando o aluno nos diz que o seu problema é resolver casos práticos ou gerir bem o tempo nas provas, a maior parte das vezes isso é apenas uma consequência de falhas anteriores.
Se estudei pouco ou mal, não sei suficientemente sobre o tema para perceber como devo montar uma resposta ou pelo menos vou perder demasiado tempo a perceber qual é o âmago da questão. Além disso, como o estudo não foi feito segundo um plano semestral, o aluno acaba por estar a ler “matéria nova” na véspera do exame, não ficando com tempo para treinar modelos de resposta a hipóteses práticas, por exemplo, tentando responder a exames anteriores.
Cada plano de estudo é único e irrepetível porque, naturalmente, cada aluno também o é. A má notícia, é que, em Direito, não cumprir estes quatro passos significa não fazer o curso ou, pelo menos, não o fazer no tempo adequado e com demonstração de conhecimentos que sinalize ao mercado uma proposta de valor de qualidade. Direito é um curso que exige estudo (muito!), pouco dado a milagres de última hora, ou a rasgos de genialidade desprovidos de estudo consistente. A boa notícia é que cumprindo com o plano de estudo que preconizamos é quase impossível não atingir o sucesso académico.
Vamos a isto?